abusesaffiliationarrow-downarrow-leftarrow-rightarrow-upattack-typeburgerchevron-downchevron-leftchevron-rightchevron-upClock iconclosedeletedevelopment-povertydiscriminationdollardownloademailenvironmentexternal-linkfacebookfiltergenderglobegroupshealthC4067174-3DD9-4B9E-AD64-284FDAAE6338@1xinformation-outlineinformationinstagraminvestment-trade-globalisationissueslabourlanguagesShapeCombined Shapeline, chart, up, arrow, graphLinkedInlocationmap-pinminusnewsorganisationotheroverviewpluspreviewArtboard 185profilerefreshIconnewssearchsecurityPathStock downStock steadyStock uptagticktooltiptwitteruniversalityweb

هذه الصفحة غير متوفرة باللغة العربية وهي معروضة باللغة Portuguese

المقال

20 يوليو 2020

الكاتب:
Folha de São Paulo

Brasil: Pandemia favorece exploração de migrantes que costuram materiais de proteção contra o coronavírus

“Imigrantes em SP ganham R$ 0,05 para confeccionar máscaras antiCovid”, 18 de Julho de 2020

...Primeiro, ofereciam R$ 0,20 por peça. Algumas semanas depois, baixaram para R$ 0,10. Agora, pagam apenas R$ 0,05. É um valor que mal dá para cobrir os gastos, mas que a costureira Diana*, 33, aceitou porque as outras encomendas pararam desde março e a família já devia três meses de aluguel.Se calculasse na ponta do lápis os custos com linha e energia elétrica para o funcionamento das máquinas e a força de trabalho investida, não valeria a pena aceitar aquele pedido. Mas a equação, para ela, é mais simples: “Se não trabalhamos, não comemos”.

Boliviana e vivendo em São Paulo há sete anos, Diana está confeccionando um produto que se tornou precioso nesta pandemia de Covid-19: máscaras descartáveis. Também já fez aventais utilizados por profissionais de saúde... Mas enquanto o preço desses equipamentos de proteção individual (EPI) disparou nas lojas nos últimos meses, para quem os costura o movimento foi o contrário: aproveitando-se da grande oferta de mão de obra ociosa devido à crise econômica, distribuidores que encomendam esses produtos dos costureiros foram reduzindo cada vez mais o valor pago por unidade.

“Dissemos que era baixo demais, mas ele respondeu que outros bolivianos se ofereceram para costurar uma quantidade maior a preço menor. E que só tinha isso. Porque tem muita concorrência”, afirma Diana.

Esse atravessador recebeu um pedido de 2 milhões de máscaras e saiu distribuindo a demanda para vários imigrantes que vivem na região de Carapicuíba, na periferia de São Paulo...Com a redução drástica das encomendas de roupas por causa da pandemia, o trabalho desses imigrantes, que já era mal remunerado, precarizou-se ainda mais...