Relatório “Sem licença para destruição: Cargill e as falsas soluções para crise climática”
“Sem licença para destruição: Cargill e as falsas soluções para crise climática”, Novembro de 2021
...Em 2021, a COP 26 realizada na Escócia tem como objetivo finalizar as regras que compõem o Acordo de Paris, assinado em 2015...
As propostas e medidas apresentadas pelos países têm demonstrado alternativas pouco eficazes, que na realidade contribuem para a manutenção dos modos produtivos de grande emissão de gases do efeito estufa...
Essa maquiagem verde ou greenwashing (lavagem verde em tradução literal) é também a estratégia da vez das empresas – inclusive nas negociações no âmbito da COP 26 – para manterem suas atividades nesse momento de grandes debates a respeito do meio ambiente e do clima...
...[A]presentamos nesse estudo as estratégias utilizadas pela Cargill, empresa transnacional presente na Região Norte do Brasil, mais especificamente nas cidades de Santarém e Itaituba, no Pará.
Com anos de atuação no país, a Cargill enfrenta inúmeras denúncias feitas por movimentos sociais e organizações da sociedade civil a respeito dos danos socioambientais causados pelas suas atividades...
Este estudo apresenta como a Cargill utiliza-se do debate do clima para maquiar suas atividades, demonstrando quais são os mecanismos de propaganda e institucionais (planos, projetos, entre outros) acionados para a construção da imagem de empresa sustentável...
O debate sobre a crise climática, para além de negociar acordos de mitigação das mudanças climáticas, precisa reconhecer o papel de indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais na proteção do meio ambiente, assim como tensionar o posicionamento dos líderes mundiais diante da atuação das indústrias e das empresas que se dizem sustentáveis...