Brasil: Terra de Direitos lança segunda parte de estudo sobre impactos sociais, econômicos e ambientais de um terminal da Cargill no Rio Tapajós
"ONG amplia estudos sobre impactos de operações da Cargill no Pará", 12 de novembro de 2021
A continuação de um estudo sobre impactos sociais, econômicos e ambientais de um terminal da Cargill no Rio Tapajós, em Santarém (PA), foi lançada...
De autoria de pesquisadores da organização Terra de Direitos, o estudo intitulado “Sem licença para destruição: Cargill e as falsas soluções para crise climática” revela as atividades da multinacional, que apresenta ao mercado falsas soluções para combater a crise climática.
Conforme a organização, a empresa, que opera há quase 20 anos na região, prejudica o meio ambiente e as comunidades tradicionais locais. A ponto de fazê-las se unir para cobrar do governo paraense compensações e mitigação da instalação do empreendimento.
Segundo os dados levantados, a Cargill, que tem o maior maior capital privado do mundo, utiliza a “maquiagem verde”, por meio da qual propaga uma imagem de empresa sustentável. Mas que não corresponde à realidade. É o caso da exigência de que seus fornecedores se inscrevam no Cadastro Ambiental Rural (CAR), ferramenta que, na verdade, auxilia o avanço do agronegócio no país. Ao mesmo tempo, a rastreabilidade da sua produção é ocultada e propagam falsa bioeconomia nas suas atividades, além de defender a Moratória da Soja...
Entre os mecanismos acionados para maquiar ecologicamente a atuação, em 2017, a companhia mencionou um plano de ação para acelerar as reduções de gases do efeito estufa em suas operações, tendo também reiterado seu comprometimento com o Acordo de Paris. Os portos localizados na tegião do Tapajós, em Santarém e Miritituba, são mostrados como resultados positivos dentro da meta de redução.
A Cargill oculta, entretanto, os impactos socioambientais causados com a instalação dos portos...