O portal de notícias UOL publicou uma série de reportagens que revelariam a interferência do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, na licitação nº 03/21, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no valor de R$ 25,4 milhões, para contratação do programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group. A licitação excluiu da negociação os órgãos oficiais de investigação que se beneficiariam diretamente da ferramenta, como o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Segundo fontes do portal de notícias, o objetivo de Carlos Bolsonaro é utilizar as estruturas do Ministério da Justiça e da Polícia Federal para expandir uma "Abin paralela". Se adquirido, o Pegasus permitiria o monitoramento de pessoas e empresas sem decisão judicial. O programa já foi usado para espionar celulares e computadores de jornalistas e críticos de governos. Apesar de a empresa ter abandonado a licitação para a contratação de um aparelho espião, convidamos a NSO Group a comentar as publicações do UOL, mas a empresa não respondeu.