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Artigo

5 Mar 2020

Author:
Tiago Miotto, da Assessoria de Comunicação do Cimi (Brazil)

Brasil: Dados revelam explosão de queimadas em territórios indígenas como na TI Urubu Branco, povo Tapirapé denuncia aumento de posseiros e madeireiros em sua terra

“O futuro do povo Apyãwa está em risco”: invasões e queimadas devastaram TI Urubu Branco em 2019-Enquanto dados revelam explosão de queimadas no território em 2019, povo Tapirapé denuncia aumento de posseiros e madeireiros em sua terra", 28 de fevereiro de 2020

   

As invasões na Terra Indígena (TI) Urubu Branco, em Mato Grosso, têm se intensificado e preocupado o povo Apyãwa, também conhecido como Tapirapé. Os indígenas sofrem há algum tempo com a presença de madeireiros, grileiros e fazendeiros em seu território. Em 2019, contudo, as queimadas e a devastação no território atingiram um patamar crítico e os Apyãwa, junto a outros povos da região do rio Araguaia, vêm buscando apoio das autoridades para coibir a destruição de suas terras e a ação dos invasores. Em outubro do ano passado, os Tapirapé de Urubu Branco estiveram em Brasília junto a liderança dos povos Karaja, Kanela do Araguaia, Xavante, Xerente, Yudja-Juruna e Krenak-Maxakali, e cobraram do Ibama a fiscalização das invasões a suas terras tradicionais e a criação de equipes indígenas do Prevfogo nos territórios, com treinamento e condições de atuar para combater os incêndios. As lideranças informaram que as queimadas afetaram praticamente todas as terras da região e a atuação dos órgãos públicos foi insuficiente para conter os incêndios e a devastação. Registros de focos de incêndio e alertas de desmatamento e degradação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) corroboram as denúncias das lideranças…[A]...TI Urubu Branco foi a quarta terra indígena do Brasil com maior número de focos de incêndio no mês de setembro...17% da área total da demarcação...Apesar da gravidade da situação, as queimadas são apenas uma das preocupações dos Tapirapé. As invasões para a retirada ilegal de madeira ainda são constantes, e a presença de fazendeiros e posseiros na porção norte da terra indígena colocam a própria segurança do povo em risco. Um grupo de fazendeiros permanece nesta região da TI Urubu Branco desde sua homologação, em 1998. Apesar de já terem perdido o processo em que questionavam a demarcação da terra indígena na Justiça, sua retirada do território vem sendo protelada há anos por recursos judiciais. Enquanto a desintrusão não ocorre, os indígenas denunciam que o arrendamento dessas propriedades e a chegada de novos posseiros na região vêm aumentando consideravelmente as invasões e, consequentemente, a devastação na área, que concentra os alertas de desmatamento em 2019...