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Artigo

26 Jun 2015

Author:
Mario Osava, IPS e Juliana Guarexick, Envolverde (Brazil)

Brasil: Governo local reconhece importância de projetos de Belo Monte de compensação na área de saúde e infraestrutura por impactar 11 municípios

“Hidrelétrica amazônica deixa rastro de saúde para a população” 17 de junho de 2015

...Uma ampla infraestrutura de saúde pública e a erradicação da malária serão, provavelmente, o melhor legado da central hidrelétrica de Belo Monte...para...afetad[os]…pelos impactos do megaprojeto. A ocorrência de malária...[no]...entorno...caiu...“Há dois anos ninguém pega malária em Brasil Novo, e essa é a melhor notícia”, confirmou...Carvalho, secretário de Saúde do município...[O]...resultado nos arredores de Belo Monte...exigiu uma ação intensa da Norte Energia, com custo de US$ 11 milhões, destinados a multiplicar laboratórios, veículos e mosquiteiros impregnados de inseticida. “Brasil Novo obteve de Belo Monte o que não conseguiria em séculos por si só”, reconheceu Carvalho...[O]...Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável...se concentra em impulsionar políticas públicas e projetos locais com fundos da empresa. Ele se soma...[a]...um conjunto de 117 obras e ações que a concessionária deve executar como compensação para os 11 municípios e suas populações afetados pela hidrelétrica...esses investimentos equivalem a US$ 1,2 bilhão, a quantia mais elevada que um megaprojeto brasileiro aporta ao desenvolvimento local, como condição para obter as licenças ambientais necessárias. Representa cerca de 14% do orçamento total da construção...Brasil Novo é um município pobre ao qual quase não chegaram os benefícios de Belo Monte e enfrentará dificuldades para manter seu hospital...Não faltam médicos graças ao programa Mais Médicos do governo central, que contratou milhares de profissionais cubanos dispostos a trabalhar no interior do Brasil...Além disso, os residentes criticam a empresa pelo atraso nesses projetos de saúde, que deveriam ter se adiantado ao aumento da demanda pela presença de funcionários vindos de fora...Ao atraso somou-se o fechamento temporário de serviços para construir novas instalações...“O que já era precário, piorou”, afirmou Marcelo Salazar, coordenador do não governamental Instituto Socioambiental em Altamira.