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Artigo

12 Mar 2020

Author:
Izabella Bontemp, Brasil de Fato (Brazil)

Brasil: Militante do Mov. dos Atingidos por Barragens afirma que mulheres são as mais afetadas pelos desastres das barragens da Vale em Mariana e Brumadinho com sobrecarga de trabalho e traumas

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"Mulheres são as mais afetadas pelos crimes da Vale em Mariana e Brumadinho-Maiores responsáveis pelo cuidado familiar, mulheres acumulam sobrecarga de trabalho e traumas psicológicos", 11 de Março de 2020

…[M]ais de um ano do crime da Vale na bacia do rio Paraopeba. E o que marca o dia a dia da vida das mulheres atingidas pelo rompimento da Barragem Córrego do Feijão em Brumadinho é luta. É luta por trabalho, por água potável, pela saúde da família, dos filhos, pais e companheiros. Luta diária contra as violações da criminosa Vale, que ataca os direitos pela reparação, indenização e de reconstrução da vida. São relatos de contaminação, doenças de pele, mal estar, aumento do uso de drogas e álcool, dificuldade de acesso ao trabalho, falta de água potável e limpa para o consumo, depressão e instabilidade psicológica. É por isso que as mulheres são as principais vítimas dos rompimentos de barragem no Brasil e no mundo. São as mulheres que provém os cuidados da casa e da família. São elas as encarregadas de colocar o balde na cabeça na hora de buscar água potável ou de acompanhar o familiar até o posto de saúde. Mas a falta de água é apenas um dos direitos básicos negados as mulheres. Os problemas de saúde gerados pelos crimes de mineração estão entre os principais dificuldades sofridas pelas atingidas. Responsabilizadas pelos cuidados com a família, elas sofrem com os problemas no acesso às políticas públicas, cada dia mais sucateadas com o atual governo no Brasil...Em comparação ao crime da Vale, Samarco e BHP Billiton na bacia do rio Doce, há quatro anos, o município de Brumadinho é o que mais reflete casos graves de adoecimento mental. Considerado o maior crime trabalhista do país, o grande número de mortes também contribui na instabilidade emocional coletiva. No município praticamente todos os sobreviventes conheciam pelo menos uma vítima fatal do crime. Mas a dificuldade da mulher atingida não aparece somente quando a barragem rompe. O mesmo ocorre com construções de grandes empreendimentos ou ameaças de instabilidade. As mulheres atingidas pela barragem Casa de Pedra da CSN em Congonhas-MG, por exemplo, estão há 7 meses sem os filhos nas creches, e tendo de garantir o dobro do deslocamento dos filhos mais velhos para frequentar a escola. Tudo isso pela insegurança da barragem que está localizada em cima do bairro residencial...