“Governo libera registro de mais de um agrotóxico por dia neste ano-As últimas permissões de venda foram publicadas no Diário Oficial de segunda-feira, 12 dos 19 produtos aprovados agora são extremamente tóxicos”, 12 de fevereiro de 2019 

...[D]esde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência da República, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a autorização de 57 novos produtos elaborados com agrotóxicos...[A]s últimas aprovações foram divulgadas na edição...[de]...11 de fevereiro, do Diário Oficial da União. São 19 produtos, dos quais 12 foram classificados como extremamente tóxicos...[O]...Brasil chega a 2.123 produtos elaborados com agrotóxicos em circulação...[O]utros países não enxergam os produtos do mesmo modo que o Governo Federal. Entre os tóxicos estão o Imazetapir e o Hexazinona, que tiveram a comercialização reprovada na União Europeia...[D]os 19 tóxicos aprovados, nenhum é inédito. Porém, agora eles passam a ser produzidos por mais empresas, ou em novas culturas. Entre eles está o Glifosato, que teve três novos registros aprovados. Dois deles pela empresa Monsanto, que descobriu e desenvolveu o produto...Segundo a...Monsanto, os novos produtos podem ser usados em menor quantidade...[A]...Agroimport do Brasil também conseguiu autorização para vender nova combinação de Glifosato...[E]mpresas de diversas partes do mundo conseguiram registros para vender agrotóxicos no Brasil...[D]os 19 novos registros...[,]...em 16 a China aparece como um dos endereços de fabricação, e em cinco os Estados Unidos e a Índia. Em 10 dos deferimentos, a titular do registro não possui uma única fábrica instalada no Brasil...[A]...Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida posicionou-se contrária à liberação dos defensivos, afirmando se tratar de uma retribuição de imediato a todo o apoio do agronegócio dados durante as eleições. “Repudiamos de forma veemente a flexibilização do marco legal dos agrotóxicos no Brasil e a enxurrada de novos produtos registrados neste ano. Os agrotóxicos no Brasil já representam hoje um grave problema de saúde pública, e a inserção no mercado de mais produtos agravará ainda mais os perigos aos quais a população está submetida”.