Brasil: Mundurukus discutem sobre impactos à saúde, educação e modo de vida gerados por hidrelétricas na Amazônia
“Tribo guerreira pede diálogo contra barragem”, 14 de abril de 2015
...[Na]...aldeia de Waro Apompu, às margens do Cururu...afluente do Tapajós...[ocorreu a]...Assembleia Geral que reuniu 700 mundurukus de 102 aldeias durante cinco dias...Saúde e educação indígena estão na pauta, mas o tema de fundo é preservar o modo de vida. Os projetos hidrelétricos do governo para a região são compreendidos como grande ameaça...Há duas usinas em processo de licenciamento neste momento no Tapajós – São Luiz...e Jatobá. Os estudos de Impacto Ambiental e o Componente Indígena...já foram entregues ao Ibama que...pediu estudos adicionais à Eletrobras...O governo tem argumentado que a usinas em estudo não alagam terras indígenas, mas os mundurukus enxergam o Tapajós de outra maneira...“O rio Tapajós é único, é sagrado. E os mundurukus são um povo só, que respeita o rio e a floresta”, diz Maria Leusa...[Kaba Munduruku, líder do movimento Ipereg’ayu]...“A consulta prévia precisa ser prévia e adequada à cultura. Precede a decisão do governo. E não adianta as empresas chegarem aqui com cartazes em português, porque isso não é consulta”, diz o procurador da República Camões Boaventura. Na Assembleia, ele leu os 14 impactos negativos das hidrelétricas, retirados de parecer da Funai – de alteração de locais de pesca ao aumento do fluxo migratório para a cidade...