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Artigo

20 Fev 2019

Author:
Ana Paula Souza, Jeniffer Mendonça e Paloma Vasconcelos, Ponte Jornalismo (Brazil)

Brasil: Protestos contra morte de Pedro Gonzaga e genocídio da população negra fecham supermercado Extra; Pedro foi morto por segurança da rede

"Protestos contra morte de Pedro Gonzaga fecham Extra: 'vidas negras importam'-Manifestantes marcharam em frente a filiais da rede de supermercados de diversas cidades contra o genocídio da população negra; jovem foi morto por segurança no Rio", 17 de fevereiro de 2019

"A nossa morte é política, a nossa morte é institucionalizada, nossas mortes não podem passar em branco", gritavam em coro, emocionados, centenas de pessoas em frente à porta da filial da rede de supermercados Extra, do Grupo Pão de Açúcar,...Rio de Janeiro, ..[em 17 de fevereiro]...[M]anifestantes negros se colocaram em memória e protesto no local onde o jovem Pedro Gonzaga, de 19 anos, morreu...[em 12 de fevereiro]...após ser imobilizado por Davi Ricardo Moreira Amâncio, segurança da Group Protection, que presta serviços para o estabelecimento...[A]proximadamente 400 pessoas ocuparam o estacionamento do mercado em marcha cobrando justiça pela morte do rapaz e contra o genocídio do povo negro...Os manifestantes também colocaram seus corpos numa intervenção para simular o assassinato de jovens negros, jogaram tinta vermelha na placa do Extra e fizeram...abraço coletivo em memória a Pedro...Em São Paulo, o ato aconteceu na filial do Extra na Avenida Brigadeiro Luís Antônio...[O]...vídeo em que Pedro aparece por baixo do segurança e uma testemunha alerta "tá sufocando ele" e outra diz "ele está roxo". A mãe do rapaz que acompanhou toda a situação havia explicado que o filho é dependente químico, teve um surto e afirma que ele não estava armado. O segurança Davi Amâncio alegou que Pedro tentou furtar sua arma e teria fingido uma convulsão. O delegado Cassiano Conte, responsável pelo caso, declarou ao El País que Davi "se excedeu na legítima defesa" e o segurança está respondendo por homicídio culposo (sem intenção de matar) em liberdade após ter pago R$ 10 mil de fiança, três horas depois de ter sido detido...[P]rotestos foram marcados...[em outras]... cidades...O jurista e presidente do Instituto Luiz Gama, Silvio Almeida,...destaca que é necessário compreender que as mortes de negros não são casos isolados e que partem de uma estrutura de poder. "As instituições têm como modus operandi a discriminação. Na segurança em geral se coloca sempre como um fator desestabilizador alguém que é negro...que precisa ser vigiado...O fato do segurança ser negro reforça ainda mais de que o racismo é produzido por estruturas, que faz com o negro não tenha dimensão da maneira que ele age com seu próprio sofrimento...A gente tem que começar a lembrar que esse supermercado é uma das empresas de um grupo que é muito maior e que é dono de outras empresas também. Tem que entender como a economia funciona sempre a partir desses lugares...de reprodução de fatores discriminatórios", finaliza Almeida.