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Artigo

1 Jun 2020

Author:
De Olho nos Ruralistas

Brasil: Redução de distância mínima para pulverização de agrotóxico prejudica quilombolas e meio ambiente, segundo reportagem

“Bolsonaro pressionou Ministério da Agricultura para facilitar agrotóxicos a aliados em SP”, 28 de maio de 2020

No dia 4 de maio... entrou em vigor a Instrução Normativa nº 13...[da] Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, sem passar por qualquer consulta pública. A medida revoga duas instruções anteriores para permitir a pulverização aérea de plantações de banana até 250 metros de distância de bairros, cidades, vilas e povoados. A distância mínima anterior era de 500 metros... ao reduzir as distâncias para a pulverização da cultura da banana, o governo favorece diretamente os produtores do Vale do Ribeira, em São Paulo, onde Bolsonaro foi criado e sua família mantém negócios. Segundo dados do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo (IEA-SP), o estado foi, em 2018, o segundo maior produtor de bananas do país, atrás da Bahia... Região mais pobre de São Paulo...o Vale do Ribeira tem a produção de banana como uma de suas mais importantes atividades econômicas. Ali existem dez aldeias Guarani Mbyá e Ñandeva, mais de oitenta comunidades caiçaras e 98 dos 142 territórios quilombolas existentes no estado de São Paulo, 36 deles oficialmente delimitados...Além de diminuir para 250 metros a faixa para pulverização de agrotóxicos nas plantações, a nova instrução do governo federal passa a considerar áreas de vegetação secundária aquelas em processo de regeneração passiva, como barreira de proteção a mananciais, junto à cobertura vegetal nativa ou reflorestada. A medida também beneficia as empresas de aliados de Jair Bolsonaro...Há décadas, a pulverização aérea feita por pequenas aeronaves é tema de campanhas internacionais devido ao alto índice de deriva dos agrotóxicos. O método é vantajoso para monoculturas em grandes propriedades por cobrir rapidamente toda a área plantada, porém boa parte do produto não atinge a planta e acaba contaminando o solo, lençóis freáticos, cursos d’água e pessoas que estão próximas...A IN nº 13/2020 tem um impacto direto para as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, que veem a medida com preocupação, tanto pela possibilidade de danos diretos para a saúde, como pela contaminação da água, solo e vegetação em seus territórios. “Nós também plantamos bananas, mas o nosso produto é orgânico. Temos também lavouras de subsistência próximas”, afirma Laudessandro Marinho da Silva, quilombola de Ivoporonduva, em Eldorado....