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Artigo

6 Jun 2018

Author:
Daniel Camargos e Lunaé Parracho, Repórter Brasil (Brazil)

Brasil: Um ano após chacina de Pau D’Arco, sobreviventes e familiares não receberam indenização e nem assentamento foi regularizado, fazendeiros ainda estão sendo investigados, policiais estão presos

“‘Quem a polícia vai matar agora?’, pergunta filho de sem-terra morto em chacina de Pau D’Arco”,  25 de maio de 2018

...Há um ano, policiais civis e militares foram até a fazenda Santa Lúcia, com o argumento de estarem cumprindo mandados de prisão contra posseiros. Assassinaram 10 trabalhadores rurais sem-terra...Passado um ano da maior chacina no campo desde 1996, algumas velas foram acesas no cemitério e os familiares se reúnem para homenagear os trabalhadores. Em Pau D’Arco, onde duas vítimas estão sepultadas, uma singela homenagem também acontece no cemitério. O ato tem poucas pessoas...Ato revela traumas e abandono: ainda não se sabe dos mandantes, parentes não receberam indenizações e assentamento não foi regularizado...A sensação entre os sobreviventes e familiares das vítimas é de abandono. Não receberam indenizações do estado pelos parentes assassinados, não conseguiram ser assentados e os advogados que participam do caso recebem ameaças constantes…[Em 24 de maio]...a chacina executada por policiais militares e civis completou um ano sem que se conheça os mandantes do crime. O inquérito aponta para execução sumária das vítimas. Embora os policiais tenham alegado que teriam reagido a tiros, essa versão inicial foi contestada por dois policiais civis, por sobreviventes e pela perícia técnica. A Polícia Federal é responsável pela investigação para encontrar os mandantes. Em 3 de maio, semanas antes do aniversário de um ano, foi realizada uma operação para apreender celulares e documentos de 11 pessoas suspeitas de terem conhecimento do plano para a chacina. Entre eles, três membros da família Babinski, proprietários da fazenda ocupada. Honorato Babinski Filho, Amanda Patrícia Resplande Babinski e Maria Inês Resplande de Carvalho tiveram documentos e celulares apreendidos pela Polícia Federal. O então superintendente da Polícia Civil para o Sul do Pará, Antônio Gomes de Miranda Neto, o Miranda, e o ex-advogado da família Babinski, Ricardo Henrique Queiroz de Oliveira, também tiveram celulares e documentos apreendidos na mesma operação...Os onze policiais militares que participaram da ação foram indiciados pela Corregedoria da Polícia Militar e estão presos. O inquérito foi encaminhado para a Justiça Militar e o parecer do Ministério Público foi para o Tribunal do Júri, da Justiça Comum...