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Artigo

22 Jun 2021

Author:
UOL

Brasil: Canais antidemocráticos receberam R$5,6 milhões com monetização no Youtube; empresa diz que apoia o trabalho de autoridades

“Canais que estimularam atos antidemocráticos receberam R$ 5,6 mi do YouTube”, 16 de Junho de 2021

Levantamento do UOL com base em informações compiladas pelo MPF (Ministério Público Federal) mostra que 12 canais de extrema-direita que incentivaram atos antidemocráticos e publicaram vídeos atacando o STF...e o Congresso Nacional arrecadaram em dois anos mais de R$ 5,6 milhões com monetização no YouTube (pagamentos feitos pelo Google a canais que exibem anúncios, de acordo com a audiência deles).

…a monetização de canais pela publicação de vídeos que incentivam atos antidemocráticos pode configurar crimes previstos em três artigos da Lei de Segurança Nacional...segundo as investigações da Polícia Federal, é possível perceber que tanto os canais, quanto o próprio Google—empresa responsável pelo YouTube— tiveram "um lucro expressivo" com a "monetização de conteúdo antidemocrático".

O MPF não vê dolo dos responsáveis pelo YouTube, mas diz que eles "não gozam de imunidade diante da persecução penal"...

Três canais com milhões de inscritos no YouTube concentraram grande parte do valor distribuído pelo Google…atuam abertamente em apoio a Jair Bolsonaro, publicando com frequência ataques a adversários políticos do presidente...

Canais negam conteúdo antidemocrático...

Criticado pelo MPF por suposta permissividade com conteúdos extremistas no YouTube —crítica também feita à empresa nos Estados Unidos e em outros países ao longo dos últimos anos—, o Google afirmou que "apoia consistentemente o trabalho das autoridades" brasileiras. A gigante da tecnologia ressalva...que produz dados "em resposta a pedidos específicos, desde que sejam feitos respeitando os preceitos constitucionais e legais previstos na legislação brasileira". A empresa não respondeu se considera que vídeos defendendo o fechamento do Congresso e do STF ou convocando manifestações com pautas antidemocráticas estão dentro de suas diretrizes de comunidade. Contudo, afirmou em nota que, "quando não há violação das políticas do YouTube, a decisão sobre a necessidade de remoção do conteúdo cabe ao Poder Judiciário, de acordo com o que estabelece o Marco Civil da Internet".