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Artigo

20 Abr 2023

Author:
Amazônia Real

Brasil: Dez indígenas Guarani Kaiowá são presos após protesto contra a construção de condomínio de luxo da Corpal Incorporadora e Construtora

"Guarani Kaiowá protestam contra condomínio de luxo e são presos", 20 de abril de 2023

...No último dia 8 de abril, dez indígenas foram presos após participarem de um protesto contra a construção de um condomínio de luxo nos limites da zona urbana. A Tropa de Choque da Polícia Militar efetuou a prisão em flagrante. Menos de 48 horas depois, uma casa de pau a pique de uma família indígena de um dos presos foi incendiada. Mulheres e crianças dormiam no local.

O atentado na madrugada do dia 10 faz parte de uma série de violências contra os Guarani Kaiowá. Fogo, tiros, mortes, ameaças e presenças de jagunços compõem essa história. O embate com fazendeiros e contra a especulação imobiliária ficou mais intenso na última década. A área do futuro loteamento residencial, chamada pelos indígenas de tekoha (território) Yvu Vera, é reivindicada por eles, assim como o local onde ficava a residência que virou cinzas, no tekoha Aratikuty.

Os dez indígenas detidos são acusados de associação criminosa, dano ao patrimônio privado e ameaça, além de lesão corporal, posse de armas e até esbulho possessório...

A reportagem tentou ouvir representantes dos indígenas sobre o protesto e as prisões, mas eles sentem medo de sofrerem outras violências devido ao histórico de uso desproporcional de força contra suas manifestações.

A empreiteira Corpal Incorporadora e Construtora afirma que a área onde pretende construir o condomínio é fruto de uma parceria com os proprietários do local. Relata, por meio de sua assessoria, que o projeto ainda é “embrionário”, não tem nome e nem campanha de vendas...

Por meio de nota, a empresa afirma que prestou os esclarecimentos solicitados pelo MPF e tem as autorizações e licenças exigidas pelos órgãos responsáveis para tocar a obra. Destaca também que “mantém contato permanente e diálogo aberto com representantes das comunidades indígenas residentes nas áreas vizinhas ao empreendimento.” E afirma que tem o compromisso de gerir um negócio que “promova o bem-estar da população e contribua para o crescimento sustentável das cidades”. A empreiteira nega qualquer relação com o incêndio na casa no tekoha Aratikuty...