O projeto da empresa turca Karpowership compreende a instalação de quatro usinas termoelétricas flutuantes na Baía de Sepetiba (RJ), de 36 torres de transmissão temporárias (ancoradas em terra e mar) e de uma unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de GNL .

Organizações da sociedade civil - com destaque para o Instituto Internacional Arayara - alegam que a licença ambiental foi dada à empresa sem a realização estudos de impacto ambiental e sem consultar as comunidades potencialmente afetadas pelo empreendimento. Afirmam, ainda, que as obras interfeririam em áreas de Mata Atlântica e manguezais, além de elevar a temperatura da água da Baía, prejudicando a fauna local e a subsistência de diversas famílias.

A diretora executiva do Instituto Arayara, Nicole Figueiredo de Oliveira, afirmou que o projeto seria uma forma de racismo ambiental, pois "promete gerar mais energia, só que agrava as crises econômicas e sociais, uma vez que esse tipo de geração a gás é uma das mais caras do mercado". A organização emitiu notificações extrajudiciais listando as supostas irregularidades do complexo energético.

No início de junho, o Ministério Público Federal entrou com uma ação para impedir a instalação das usinas flutuantes.

O CIEDH convidou a Karpowership a comentar as denúncias. A resposta está disponível.