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Artigo

26 Mar 2024

Author:
Repórter Brasil

Brasil: Fornecedora de maçãs do Carrefour demite 265 indígenas por discussão no alojamento da empresa; excesso policial foi denunciado

“Indígenas denunciam excesso policial em pomar de maçã de fornecedor do Carrefour”, 26 de março de 2024

UMA DAS três maiores produtoras de maçã do país, a Rasip demitiu...265 indígenas que trabalhavam em um pomar da empresa no município de Vacaria (RS). A dispensa ocorreu dias antes do final da colheita, após a polícia militar ser acionada para conter uma discussão entre safristas indígenas – das etnias Guarani Nhandeva e Guarani Kaiowá – e não indígenas em um alojamento dentro do pomar.

Indígenas denunciam que a ação da polícia, solicitada pela própria Rasip, foi violenta – falam inclusive em tortura...Três pessoas foram presas por atirar pedras contra as viaturas, segundo a polícia.

A Rasip é fornecedora da rede de hipermercados Carrefour, líder varejista no Brasil.

Procurada pela Repórter Brasil, a produtora de maçãs informou que “está comprometida em conduzir uma investigação completa do incidente e em tomar as medidas apropriadas. “Reafirmamos nosso compromisso com a manutenção de um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos”, diz a empresa, em nota.

Já Carrefour informou ter notificado a Rasip ao tomar conhecimento do caso. “Todos os nossos fornecedores devem atuar de acordo com as políticas de governança exigidas pelo Grupo Carrefour Brasil em sua Carta de Ética, sendo passível da rescisão de contrato e exclusão do sistema. Continuaremos acompanhando este caso e futuras conclusões dos órgãos públicos responsáveis pelas averiguações”.

A polícia militar informou que não será aberto procedimento para investigação interna sobre a conduta dos agentes, mas o Ministério Público Federal está ouvindo os envolvidos e pode instaurar um inquérito sobre o caso.

O MPT do Rio Grande do Sul diz que está averiguando a regularidade das rescisões dos contratos, bem como eventuais outras situações relacionadas ao ambiente de trabalho. Um procedimento para esclarecer se a empresa poderia ter evitado o incidente também foi aberto. E auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego agendaram uma vistoria no alojamento.

A íntegra das manifestações pode ser lida neste link...