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Artigo

20 Mai 2024

Author:
Repórter Brasil

Brasil: Teste em alimentos ultraprocessados encontra resíduos de pesticidas; com comentários das empresas

“Metade de ultraprocessados testados em pesquisa tem agrotóxicos”, 21 de maio de 2024

HAMBÚRGUER À BASE DE PLANTAS, macarrão instantâneo sabor galinha, biscoito de maisena e bolinho sabor chocolate – com vestígios de agrotóxicos.

Metade de alguns dos alimentos ultraprocessados mais consumidos no país, inclusive por crianças, apresentou resíduos de pesticidas em testes de laboratório, segundo pesquisa lançada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)...Parte deles revelou até quatro agrotóxicos em sua composição...

O terceiro volume do estudo “Tem Veneno Nesse Pacote“...estou 24 produtos...Em 12 deles, foram identificadas substâncias como glifosato e cipermetrina, que podem gerar danos à saúde e ao meio ambiente.

Em 2021, o Idec já havia mostrado que 59% de uma cesta de alimentos consumidos principalmente por crianças, como bolachas recheadas, bisnaguinhas e salgadinhos, tinham traços de agrotóxicos.

Um ano depois, outro levantamento comprovou que, mesmo depois do processamento da carne e do leite, ainda era possível identificar resíduos em 58% dos alimentos testados. Agora, pela terceira vez, chama a atenção a presença de agrotóxicos em produtos populares nas mesas dos brasileiros...

Em nota, a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), que tem entre suas associadas empresas responsáveis por marcas como Seara, Sadia, Nissin e Triunfo, questiona o estudo do Idec e sustenta que “o setor atende à legislação brasileira, assim como as de 190 países para os quais exporta, cumprindo um papel essencial na promoção da segurança alimentar global”.

A associação argumenta ainda que o estudo “apresenta resultados de resíduos de agrotóxicos sem mencionar que existem limites seguros estabelecidos pela legislação sanitária, confundindo o consumidor e privando-o da informação completa”.

O Idec, por outro lado, coloca em xeque a eficácia dos limites citados pela Abia. Além disso, diz que não é possível determinar se os volumes de pesticidas identificados nos produtos testados representam ou não riscos à saúde humana, e que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não monitora a presença de agrotóxicos em alimentos ultraprocessados. A Anvisa foi procurada pela Repórter Brasil, mas não respondeu.

Confira ao final do texto os posicionamentos das empresas citadas nominalmente no estudo e leia aqui a íntegra das respostas...

A Fazenda Futuro, produtora de hambúrgueres “plant-based”, afirmou que seus produtos passam por “um rigoroso padrão de controle de qualidade, com auditorias e programas que garantem a conformidade com as diversas normas em vigor”.

Por meio de sua assessoria, a Bimbo informou que “possui um criterioso processo de rastreabilidade a respeito da toxicidade de ingredientes” e que nenhum lote de bolinhos à venda apresenta risco à saúde e segurança do consumidor.

A Bagley do Brasil, dona da marca Triunfo, sustentou que realizou testes nos produtos indicados na pesquisa e não identificou “qualquer resquício de substâncias acima do limite especificado para este fim”.

Já a Selmi, fabricante da marca Renata, disse que não teve acesso aos estudo e que não poderia comentar a respeito. No entanto, garantiu que realiza análises e monitoramentos das farinhas utilizadas na produção, “não havendo nenhum registro de qualquer tipo de inconformidade ou de resultados fora dos parâmetros de segurança previstos nas normas”.

A Nissin informou em nota que atende a legislação vigente e as boas práticas sobre o tema.

A Seara afirmou que todos os produtos da empresa “respeitam os parâmetros para itens alimentares regulamentados pela Anvisa”.

A Panco disse que o produto analisado pelo Idec “utiliza 32 matérias-primas em sua composição e, como tal, todas estão sujeitas a análises internas recorrentes de controle de qualidade”.

A BRF, responsável pela Sadia, afirmou que “os níveis apontados pelo Idec em nossos produtos estão abaixo dos previstos em legislação”.

A Repórter Brasil também entrou em contato com Aurora, Marilan e Piracanjuba, fabricantes de produtos com presença de agrotóxicos, segundo a pesquisa do Idec. As companhias não responderam aos questionamentos...