abusesaffiliationarrow-downarrow-leftarrow-rightarrow-upattack-typeburgerchevron-downchevron-leftchevron-rightchevron-upClock iconclosedeletedevelopment-povertydiscriminationdollardownloademailenvironmentexternal-linkfacebookfiltergenderglobegroupshealthC4067174-3DD9-4B9E-AD64-284FDAAE6338@1xinformation-outlineinformationinstagraminvestment-trade-globalisationissueslabourlanguagesShapeCombined Shapeline, chart, up, arrow, graphLinkedInlocationmap-pinminusnewsorganisationotheroverviewpluspreviewArtboard 185profilerefreshIconnewssearchsecurityPathStock downStock steadyStock uptagticktooltiptwitteruniversalityweb
Artigo

2 Dez 2019

Author:
Revista Piauí

Brasil: Conselho Indígena (CIMI) revelou dados sobre invasões de terras indígenas para 2019

“Sob Bolsonaro, invasões de terras indígenas superam 2018” – 1 de outubro de 2019

... De janeiro a setembro de 2019, Conselho Indigenista contabilizou 160 ataques, 51 a mais que em todo o ano passado... O mais recente balanço lançado pelo Conselho Indigenista Missionário, o Cimi, grupo que faz parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mostra que os ataques, que já vinham aumentando nos últimos três anos, se intensificaram em 2019: em nove meses foram registrados 160 ataques, contra 109 em todo o ano de 2018... De acordo com o relatório “Violência contra os Povos Indígenas do Brasil – Dados 2018”, divulgado na terça (24) em Brasília, entre 2017 e 2018 o número de ataques a essas áreas cresceu de 96 para 109. Mas devido à quantidade de registros já obtidos para este ano, o Cimi resolveu divulgar também dados preliminares. Os 160 casos de invasão registrados até agora afetaram 153 territórios em dezenove estados. Conflitos originados pela demarcação de terras indígenas não são uma novidade no Brasil. O problema agora, aponta o Conselho, é que os territórios, mesmo aqueles já demarcados e homologados, estão se tornando alvo prioritário de atividades ilegais. Ao contrário do que ocorria no passado, os invasores estão fincando bases dentro de terras indígenas, justamente as áreas onde há menos desmatamento. Levantamento de setembro do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) indica que só 6% das queimadas aconteceram dentro das terras indígenas...  Os assassinatos de indígenas também vêm crescendo e registraram aumento em 2018, de acordo com o Cimi. Foram 135 casos no ano passado, contra 110 em 2017. A maioria dos casos ocorreu em Roraima (62) e Mato Grosso do Sul (38). Entre 1985 e 2018 foram registrados 1 119 assassinatos de indígenas. Os dados estão sistematizados na plataforma Cartografia de Ataques Contra Indígenas – Caci, um banco de dados com fichas descritivas de cada caso de homicídio ocorrido nos últimos 33 anos... Uma das questões levantadas pelo Cimi é que, mesmo que exista um grande número de terras indígenas declaradas no Brasil, a maioria delas – 63% – não está regularizada. Ou seja, das 1 290 terras indígenas, 821, por não terem limites demarcados, têm situação frágil. Destas últimas, também a maioria sequer teve os trâmites de legalização iniciados...