abusesaffiliationarrow-downarrow-leftarrow-rightarrow-upattack-typeburgerchevron-downchevron-leftchevron-rightchevron-upClock iconclosedeletedevelopment-povertydiscriminationdollardownloademailenvironmentexternal-linkfacebookfiltergenderglobegroupshealthC4067174-3DD9-4B9E-AD64-284FDAAE6338@1xinformation-outlineinformationinstagraminvestment-trade-globalisationissueslabourlanguagesShapeCombined Shapeline, chart, up, arrow, graphLinkedInlocationmap-pinminusnewsorganisationotheroverviewpluspreviewArtboard 185profilerefreshIconnewssearchsecurityPathStock downStock steadyStock uptagticktooltiptwitteruniversalityweb
Artigo

12 Jul 2021

Author:
Brasil de Fato

Brasil: Porto da Cargill prejudica subsistência de indígenas e quilombolas e empresa é acusada de fraudes ambientais

“Entenda como a atividade do porto da Cargill no Pará ameaça terras indígenas e quilombolas”, 12 de julho de 2021

...Um imponente terminal portuário destaca-se na paisagem do encontro dos rios Amazonas e Tapajós, em Santarém (PA). A instalação, destinada a exportar grãos para chineses e europeus, foi construída sobre um cemitério ancestral indígena do povo Tapajós, os primeiros ocupantes da região. Enquanto isso, a circulação de grandes navios cargueiros intensifica a formação de ondas fluviais que batem em terra firme e provocam erosão, literalmente submergindo territórios quilombolas, empurrando-os para o desaparecimento...“A Cargill é um símbolo do agronegócio e do desmatamento. O que para o capital é o desenvolvimento, para nós, é atraso”. A fala é da vice-presidente do Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (Cita), Auricélia Arapiuns. “É o símbolo de muitos impactos para o povo da floresta e para o povo das águas. A Cargill, para nós, é um símbolo de destruição”...A instalação do porto gerou...o desmonte da economia de subsistência baseada na caça, na pesca e na agricultura familiar. Cerca de 12 mil pessoas de 13 povos indígenas foram afetadas direta ou indiretamente pelo empreendimento...“Hoje nós temos nossos igarapés secos, aldeias sem água, localidades totalmente invadidas pelo agronegócio, por campos de soja e de milho. O rio Tapajós e o rio Amazonas estão sob ameaça”, relata a integrante do Cita...“A Cargill não fez nenhum tipo de consulta com os povos indígenas, invadiu nosso território passando por cima dos nossos direitos, dos nossos locais sagrados”, denuncia Auricélia...12 comunidades quilombolas localizadas em regiões de várzea ou de terra firme dependem da pesca para sobreviver…Com as propriedades nas mãos dos sojeiros, restou aos pequenos produtores se mudarem para comunidades mais distantes ou para a área urbana…[A]... atuação da Cargill na região é cercada de acusações de fraudes no licenciamento ambiental, de descumprimento dos compromissos assumidos com órgãos ambientais e, principalmente, de violação aos direitos humanos...

Linha do tempo