abusesaffiliationarrow-downarrow-leftarrow-rightarrow-upattack-typeburgerchevron-downchevron-leftchevron-rightchevron-upClock iconclosedeletedevelopment-povertydiscriminationdollardownloademailenvironmentexternal-linkfacebookfiltergenderglobegroupshealthC4067174-3DD9-4B9E-AD64-284FDAAE6338@1xinformation-outlineinformationinstagraminvestment-trade-globalisationissueslabourlanguagesShapeCombined Shapeline, chart, up, arrow, graphLinkedInlocationmap-pinminusnewsorganisationotheroverviewpluspreviewArtboard 185profilerefreshIconnewssearchsecurityPathStock downStock steadyStock uptagticktooltiptwitteruniversalityweb
Artigo

9 Nov 2021

Author:
Folha de São Paulo

Facebook Papers alerta para a circulação de conteúdo violência, mas não prioriza países como Brasil

“Relatório do Facebook alerta para circulação de violência, mas empresa não prioriza Brasil”, 06 de Novembro de 2021

Um relatório interno do Facebook recomenda que a empresa investigue a grande circulação de conteúdo violento na plataforma e em seu aplicativo de mensagens WhatsApp no Brasil...

"Precisamos examinar seriamente por que a violência explícita continua a ter um alcance maior no Facebook e no WhatsApp no Brasil", recomenda o documento.

A informação consta dos chamados Facebook Papers, relatórios internos encaminhados à Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos...

O documento aponta que, no Brasil, também existe a percepção de que desinformação, linguagem política incendiária, bullying e exploração de crianças são problemas muito maiores no Facebook do que em outras plataformas. A empresa recomenda que uma equipe investigue "por que o alcance [de conteúdo de exploração infantil] é maior [no Facebook] do que em outras plataformas no Brasil e na Colômbia".

...Enquanto isso, nos EUA e no Reino Unido a visão geral é que o conteúdo noticioso é o maior veículo de desinformação cívica, ligada à integridade eleitoral ou das instituições, no Facebook. Na Indonésia, as contas falsas é que são percebidas como principal motor na disseminação de desinformação.

…No entanto, a recomendação do relatório é que a divisão de integridade cívica da empresa —que lida com desinformação eleitoral— "continue a se concentrar no conteúdo enganoso que circula nos EUA e no Reino Unido" e que o setor de desinformação em geral tenha uma abordagem mais ampla, incluindo outros países.

Uma das principais críticas feitas ao Facebook é que a empresa negligencia a moderação de conteúdo em países vistos como menos importantes que os EUA, o Reino Unido e nações da União Europeia.

Em nota, a Meta afirmou que os resultados dessas pesquisas "não medem a prevalência ou a quantidade de um determinado tipo de conteúdo nos nossos serviços, mas mostra a percepção das pessoas sobre o conteúdo que elas veem nas nossas plataformas. Essas percepções são importantes, mas dependem de uma série de fatores, incluindo o contexto cultural".

…No início de abril, uma ex-funcionária, Sophie Zhang, afirmou que a empresa deixou de agir diante de líderes de países como Honduras que usaram a plataforma de forma ilegítima, por exemplo por meio de contas de comportamento inautêntico, para fins autoritários...

Um levantamento feito em março pela Agência Lupa apontou que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), havia violado regras da rede social para publicações sobre a pandemia ao menos 29 vezes neste ano, até aquela altura. Ainda assim, ele não havia recebido qualquer punição: ao contrário do que fez em outros países, a plataforma não removeu nem fez alertas sobre nenhum desses conteúdos.

…A chamada "white list" desobriga determinadas figuras públicas de cumprir as regras de comunidade...