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文章

2021年7月19日

作者:
Brasil de Fato

Brasil: Imigrante haitiano é agredido por seguranças de fábrica da Brasil Foods

“´Fui asfixiado, não conseguia respirar´, denuncia haitiano agredido em fábrica da Brasil Foods”, 15 de julho de 2021

O haitiano Djimy Cosmeus, 28, quase se tornou um caso como o de George Floyd...Ou um caso similar ao de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças privados em uma loja do Carrefour em Porto Alegre...

...Cosmeus foi agredido por três seguranças privados dentro da fábrica da Brasil Foods (BRF), na cidade de Chapecó (SC). O trabalhador, contratado em fevereiro pela empresa, relata ter sofrido racismo e falsas acusações pelo supervisor.

Vídeos com imagens das cenas de violência no pátio da fábrica, gravados por outros trabalhadores, começaram a circular...nas redes sociais...entidades sindicais lançaram uma nota de repúdio à situação.

…Eu gritava para alguém fazer alguma coisa, eles gritavam que estavam me disciplinando. Eu gritei que esse homem iria me matar, eu sentia dores nas costas e fui sendo asfixiado.

Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Cosmeus explica que…foi chamado ao escritório pelo supervisor, que deu a ele uma advertência para ser assinada, alegando que o trabalhador não havia comparecido na fábrica no dia anterior.

Ele nega o fato…Trabalhadores da fábrica, que pediram anonimato, confirmam que Cosmeus cumpriu normalmente a sua jornada.

...Cosmeus comenta que iniciou sua jornada por volta das 12h10 e parou às 13h45 para um intervalo de descanso. O supervisor da equipe...o chamou...e exigiu que ele assinasse uma advertência, alegando que o funcionário não havia comparecido no dia anterior. Cosmeus se recusou, explicando...que havia comparecido à empresa e que a informação poderia ser confirmada com outros trabalhadores. Por dificuldades causadas pelo idioma, ele pediu que um trabalhador pudesse intermediar a conversa na fábrica, o que lhe foi negado.

Tendo se recusado a assinar a advertência, o supervisor pediu que Cosmeus fosse retirado do local, mas o trabalhador explica que não poderia deixar o posto, pois dependia dele para sobreviver. Por ordem do supervisor, seguranças privados da empresa intervieram e passaram a agredir o trabalhador...

Questionada sobre os fatos ocorridos no interior da empresa, a BRF disse que “Em respeito ao colaborador, não cabe à empresa expor os fatos específicos que geraram a suspensão” do trabalhador.

Entidades sindicais estão reunidas nesta quinta-feira (15) no Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) para apurar a situação e dar desdobramento ao caso. Elas também disponibilizaram equipe jurídica para acompanhar Cosmeus…

A BRF afirma que abriu sindicância para apurar a situação e que os seguranças e o supervisor envolvidos no caso foram afastados. Cosmeus também foi afastado e, segundo a empresa, “sem prejuízo à sua remuneração”. A empresa diz que repudia “toda e qualquer forma de violência e discriminação dentro ou fora de suas instalações”...