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Artigo

17 Dez 2019

Author:
Joana Suarez, Repórter Brasil (Brazil)

Brasil: Jumentos são abatidos sem regulamentação e submetidos a maus-tratos para mercado chinês, afirma Repórter Brasil

“Sob a pele do jumento”, 11 de dezembro de 2019

...[O]...jumento, jegue ou asno da espécie asinina...começou a sumir da vista do sertanejo após um inusitado negócio com a China. O país asiático tem interesse, principalmente, no couro do animal – matéria-prima para a produção do Ejiao, uma gelatina usada na medicina e em cosméticos chineses...[P]or mais de um ano, milhares foram submetidos a condições degradantes e abatidos sem rigor...[N]em a então ministra da Agricultura, Kátia Abreu, acreditou no pedido feito durante sua viagem à Ásia em 2015. “Pareceu piada”, escreveu no Twitter sobre um empresário chinês interessado em importar asininos. “Inacreditável, mas sua demanda é de 1 milhão de jumentos [por] ano”...[S]e o ritmo de abate chegar à expectativa chinesa, a espécie pode desaparecer em menos de cinco anos no Nordeste...[N]ão há produção estruturada, normas de criação, fiscalização de transporte ou medidas contra condições precárias; tampouco há uma contagem recente de sua população...[A]té setembro, nenhuma empresa brasileira estava habilitada a exportar asinino para a China – recentemente, o frigorífico Frinordeste, de Amargosa, recebeu a permissão. Por isso, o transporte marítimo era feito por companhias de logística do Vietnã e Hong Kong – o quinto grupo de atravessadores. A HL Vietnam International e a Fortune Freight (FFC International) compravam a carga de frigoríficos – por entre R$ 300 e R$ 400 cada animal – e a despachava no porto de Salvador...[E]m novembro de 2018, após as denúncias, a Justiça da Bahia proibiu o abate. Mas a pressão empresarial derrubou a liminar em setembro deste ano...[T]rês chineses e um brasileiro da Cuifeng Lin coordenavam a chegada de caminhões carregados no período que o abate estava suspenso judicialmente...[C]om a permissão da Frinordeste para vender a produção diretamente à China, a expectativa é de reaquecimento do mercado...O Frinordeste não concedeu entrevista. Já o dono do abatedouro Cabra Forte (em Simões Filho), Reginaldo Filho, afirmou que a falta de segurança jurídica do setor o levou a desistir da atividade. “É página virada na nossa trajetória”, garantiu.

 

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