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Artigo

5 Jan 2022

Author:
Repórter Brasil; Mighty Earth

Brasil: Relatório das ONGs Repórter Brasil e Mighty Earth conecta desmatamento a exportação de carnes a varejistas internacionais

“Exportações de carne conectam desmatamento no Brasil a grandes varejistas globais”, 10 de dezembro de 2021

...realidade é abordada no décimo segundo número do Monitor, o boletim jornalístico com análises setoriais e de cadeia produtiva da Repórter Brasil. A investigação, realizada em parceria com a organização Mighty Earth, aborda as relações entre a carne vendida por grandes varejistas nos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia com o desmatamento de florestas nativas no Brasil...

...Devido às lacunas de rastreabilidade do rebanho bovino no Brasil, estes animais, através das fazendas intermediárias, podem chegar até mesmo em indústrias formalmente comprometidas em não adquirir gado associado a este tipo de crime.

...Procurada, a JBS ressaltou que “não compactua nem tolera qualquer tipo de desrespeito ao meio ambiente, a comunidades indígenas e à legislação nacional”... Segundo a JBS, a empresa possui 14 mil produtores bloqueados em sua base de compras. A multinacional afirmou ainda que adotou uma estratégia inovadora para enfrentar o desafio dos fornecedores indiretos. É a Plataforma Pecuária Transparente… O posicionamento completo encaminhado pela JBS, bem como pelas demais empresas citadas no relatório, pode ser acessado aqui.

A Repórter Brasil apurou situações semelhantes relacionadas à cadeia produtiva da Marfrig e da Minerva, outras grandes indústrias nacionais com atuação no setor de carnes.

...Sobre o caso, a MFG Agropecuária afirmou que desde 2019 realiza o monitoramento de seus fornecedores por meio de consulta aos dados públicos de áreas embargadas pelo Ibama, tendo encerrado negócios com a fazenda por conta disso...A Marfrig, por sua vez, disse não ter informações sobre as fazendas de origem dos animais encaminhados aos confinamentos da empresa fornecedora...

As plantas de abate citadas no boletim Monitor são todas importantes unidades exportadoras. Através delas, a carne brasileira chega inclusive às prateleiras de gigantes do varejo internacional. A Repórter Brasil identificou exemplos dessa realidade durante pesquisas realizadas em supermercados dos Estados Unidos e na União Europeia.

Entre os varejistas visitados, o Lidl e o METRO se destacaram no segmento de carnes “in natura”. Durante as pesquisas, foram encontrados cortes nobres de origem brasileira em lojas europeias de ambas as redes.

…Procurado pela Repórter Brasil, o grupo ressaltou que mais de 90% do bife vendido pelo Lidl é de origem europeia. Disse, ainda, que a rede está comprometida com a meta de manter cadeias de fornecimento livres de desmatamento...

Assim como o Lidl, o METRO ressalta que a maior parte dos seus produtos de carne bovina tem origem regional, especialmente na Europa. Mesmo assim, afirma integrar diversas iniciativas – como a Forest Positive Coalition, do Consumer Goods Forum (CGF) – para combater o desmatamento associado ao setor.

...Carne enlatada e beef jerky são outros produtos exportados por estas industrias brasileiras. Itens do gênero foram identificados sendo vendidos por diversos varejistas globais, como, por exemplo, a Albert Heijn, maior rede de supermercados da Holanda.

“Albert Heijn está empenhada em prevenir o desmatamento e violações de direitos humanos em nossas cadeias de suprimentos de marca própria. No entanto, o produto ao qual você está se referindo (carne enlatada) não é um produto de marca própria”, diz a empresa...

Também citada no relatório, a rede britânica Sainsbury’s...disse apoiar os acordos setoriais em voga para acabar com o desmatamento na Amazônia e no Cerrado. “Se identificarmos fornecedores que não estão dispostos a reconhecer problemas com sua produção ou a trabalhar juntos para remediá-los, revisaremos nosso relacionamento comercial com eles e romperemos os laços, se necessário”, diz o varejista.

O grupo Carrefour, de origem francesa, afirmou utilizar uma ferramenta de geomonitoramento que verifica se suas compras não são oriundas de fazendas em regiões desmatadas, unidades de conservação ambiental, terras indígenas, áreas embargadas por crimes ambientais ou de áreas com presença de trabalho escravo...varejista alemão REWE destacou estar há anos comprometido com a proteção da floresta tropical e a defesa dos direitos humanos na Amazônia...

A resposta na íntegra de todos os varejistas que responderam à Repórter Brasil pode ser acessada aqui.