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Artigo

19 Jun 2021

Author:
Folha de São Paulo

Brasil: Trabalhador essencial e 'invisível' é maior vítima da pandemia no Brasil

“Trabalhador essencial e 'invisível' é maior vítima da pandemia no Brasil”, 19 de Junho de 2021

...Enquanto o país ultrapassa a triste marca dos 500 mil mortos pelo novo coronavírus, fica cada vez mais claro que os efeitos da pandemia são desiguais, e os trabalhadores mais "invisíveis" —aqueles de baixa remuneração ou que não puderam aderir ao trabalho remoto e nem manter níveis seguros de distanciamento social— foram os que mais sofreram nos últimos meses.

Dados de trabalhos formais do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, apontam que caminhoneiros, porteiros de edifícios, vendedores do comércio e motoristas de ônibus estão entre as ocupações com mais desligamentos por morte no segundo bimestre do ano, quando o país atravessava a segunda onda da pandemia...Os registros de contratos formais encerrados por óbito no Caged saltaram 159%, de 8.821, no segundo bimestre de 2019, para 22.837 neste ano.

Entre os motoristas de caminhão, foram registradas 1.449 mortes em março e abril, o maior patamar entre as ocupações e um aumento de mais de 223% em relação ao mesmo bimestre de 2020 (ainda no início da pandemia no Brasil)....

A demora na chegada de novas doses de imunizantes e a falta de previsibilidade na rotina também prejudicam a imunização de muitos desses profissionais.

Além das mortes de motoristas de ônibus, assusta também o aumento nas mortes de vigilantes —alta de 234% na comparação com antes da pandemia—, vendedores do comércio (crescimento de 187%), porteiros (147%) e faxineiros (97%), ainda segundo os dados Caged... Pesa contra esses trabalhadores a necessidade de deslocamento entre a residência e o trabalho por meio de transporte público, o que aumenta o risco de contágio.

...Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou que no fim do ano passado, do total de pessoas em trabalho remoto, 76,1% tinham nível superior completo, 31% tinham entre 30 e 39 anos e a maioria era branca (65,4%).

A análise dos dados mostra que as dez ocupações mais expostas a risco de morte no segundo bimestre de 2021 concentram 30% de todos os desligamentos por morte de trabalhadores. Além deles, há um exército de informais —trabalhando como entregadores, diaristas ou ambulantes— que, apesar de igualmente expostos ao vírus, não entram nas estatísticas de trabalho com carteira assinada...

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