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Artículo

21 Nov 2020

Autor:
Marcos Casara, Brasil de Fato

Racismo e morte no Carrefour são a ponta de um iceberg envolvendo multinacionais,

No Brasil, o hipermercado Carrefour adota comportamento racista desde 2009. Naquele ano, funcionários de uma unidade em Osasco espancaram um homem negro, Januário Alves de Santana. A alegação do Carrefour foi de que Januário estava tentando roubar um carro. Detalhe: o carro era do próprio Januário.

Em 2018, Luís Carlos Gomes, homem negro, deficiente físico, foi espancado no banheiro do Carrefour em São Bernardo do Campo. Acusação: abrir uma lata de cerveja dentro da unidade.

O caso mais recente foi neste fatídico 2020. Na véspera do Dia da Consciência Negra, dois seguranças brancos espancaram, até a morte, João Alberto Silveira Freitas, homem negro. Acusação: discutir e gritar com uma funcionária, em uma unidade da empresa em Porto Alegre.

Essa morte é uma tragédia anunciada. Basta olhar o histórico do Carrefour. Entre o espancamento de 2009 e o assassinato de 2020, são 11 anos de descaso e uma série de outras ocorrências. Entrou para a história, por exemplo, o comportamento da empresa no dia 14 de agosto de 2020. Para não fechar uma unidade em Recife, quando um terceirizado caiu morto nos corredores da loja, o Carrefour simplesmente escondeu o cadáver atrás de meia dúzia de guarda-chuvas abertos. E a loja seguiu funcionando “normalmente”...

O que devemos fazer? Boicotar o Carrefour e comprar em outro supermercado? Lamento informar: não há muita diferença.

No setor de alimentos, as cadeias produtivas globais que operam no Brasil estão intimamente imbricadas em problemas tão graves quanto o racismo. Os casos são de trabalho escravo, trabalho infantil, contaminação por agrotóxicos, tortura, ameaça, invasão de terras indígenas, grilagem de terras, fraudes tributárias, falsificação de títulos de terra, desmatamento, queimadas...

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